FOLHA DOS GANCHOS - COLUNISTA VALDIR MENDES - ACREDITE SE QUISER...
COLUNISTA VALDIR MENDES
Escritor – advogado Criminalista - palestrante
Acredite se quiser....
Fui à Mafra para conversar com um cliente. A previsão do
tempo de viagem seria de três horas e meia. Sai de Floripa por volta das nove
horas com previsão de chegada por volta das treze horas. Ledo engano...ao
passar pelo Balneário de Camboriú encontrei trânsito caótico e cheguei ao
destino por volta das dezessete horas. Na subida da Serra Dona Francisca,
entrei na cidade de Campo Alegre, conhecida como terra da ovelha. Lá fui ao
açougue e comprei uma paleta de ovelha entre outros cortes. Coloquei no isopor
e de Mafra retornei. Outra encrenca à vista. Ao passar por Navegantes encontrei
o trânsito da BR 101 completamente parado. Quando cheguei ao Balneário de
Camboriú o cansaço me alcançou. Não pela viagem, pois estou acostumado, mas sim
pelo trânsito bloqueado na ida e no retorno. Resolvi pernoitar. Procurei um
Hotel e após acomodar meus pertences indaguei ao Gerente onde poderia fazer um
lanche. Ele me indicou a Cantina ali próxima com excelentes pratos ao estilo
Italiano. Era o que me servia – adoro massas. Estava próximo ao hotel. Face a
hora a Cantina estava encerrando suas atividades. Me indicaram para ir na Rua
3300 pois tinha uma praça de lanches diversos. Para lá me dirigi e, por igual
estavam encerrando. Em frente tinha um pequeno bar com duas pessoas bebericando
chopp. O proprietário, com muita simpatia me atendeu e disse, face minha
indagação, que não serviam lanches pois o condomínio não permitia. Ganhei um pequeno drink experimental de
chopp. Muito bom. Ele então me indicou... ”O Sr. Segue pela rua 3300 e na Av.
da praia os restaurantes e lanchonetes estão abertos”. Para lá segui.
Estacionei na mesma rua próximo à Avenida da Praia. Olhei no relógio – 12,30
hrs...estava cansado. Passei pela Loja de conveniência Bravo (esquina),
caminhei pela orla e entrei no bar/restaurante. Curti uma “isca de peixe” e
“batata frita” e retornei para o veículo. Ao chegar na rua 3300 para apanhar o
veículo este não estava mais no local. Fiquei apavorado, não sabia como
proceder, pois tinha deixado no carro meu celular e minha capanga com
documentos. Face a hora sai para o lanche apenas com um cartão no bolso. E
então o que fazer? O dono da loja de conveniência atendeu ao meu pedido e ligou
para a Polícia. Em trinta minutos dois policiais chegaram, registraram o evento
me entregaram o comprovante e ao meu pedido me deram uma carona até o final da
rua onde estava localizado o hotel. Telefonei para Florianópolis e pedi que
viessem me buscar com meu JEEP. Pela manhã fui na Delegacia Civil e fiz o
registro. Em Florianópolis fui em dois bancos para bloquear os cartões e
adquiri outro celular. Do meu escritório fiz contato com a seguradora,
formalizei o registro do furto e fiquei no aguardo. Em tempo...o fato aconteceu
na quarta para quinta. Em casa, no sábado, por volta das dezoito horas recebi
uma ligação: “É o Sr. Valdir...” respondi que sim e o telefone foi desligado
(???). Por volta das dezenove horas o telefone toca de novo e rapidamente
atendo...”O Sr. é o proprietário da DUSTER, cor cinza, placa xxx” sim disse eu.
Quem está falando...indaguei. “Sou Guarda Municipal. Seu veículo foi
encontrado. Temos informação da Polícia Civil em nosso registro referente ao
Boletim de Ocorrência de furto.” Um tanto quanto nervoso indaguei se eles
tinham me ligado antes. “não...” responderam. E onde está o carro?
Indaguei...“Foi encontrado na rua 1800. Vamos guinchá-lo para a Delegacia de
Polícia onde o Sr. Registrou a queixa.” Não entendi – rua 1800. (???) Sem mais
delongas me dirigi à Delegacia para resgatar a DUSTER. Fui informado e
comprovei que o veículo não foi aberto. Estava tudo intacto (telefone/capanga),
enfim não foi aberto. Não conseguia entender o que aconteceu. Deixei o veículo
na rua 3300 e ele estava na rua 1800 (?!...). Absolutamente incompreensível.
Não tinha sentido deixar o veículo na rua 1800 e ir para lanchar próximo à rua
3300. Coisa de doido! Mas vejam o final da história (ou será estória). Ao abrir
o veículo o policial que me atendeu exclamou... ”O Sr. tem um defunto
aí...” (rsrsrs). A paleta e os demais
cortes de ovelha estavam inservíveis e o cheiro estava insuportável. Foi tudo
jogado fora, inclusive o isopor...Ficou a dúvida: Como o veículo foi
transferido de uma rua para outra, por que e quem o fez?
De qualquer sorte foi um final feliz.
Você acredita nesta história/estória?
Valdir Mendes
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