FOLHA DOS GANCHOS - COLUNISTA JORGE FONTOURA - O TEMPO (esse amigo "distante")
COLUNISTA JORGE LUÍZ FONTANA
MÉDICO PSIQUIATRA E ESCRITOR
Título: O
Tempo (esse amigo “distante”).
Alguns anos
atrás, considerei escrever algo para a minha mãe sobre o tempo, a passagem do
tempo, pois ao ouvi-la se queixar: “ algumas coisas (e pessoas, digo eu) não
mudam com o tempo “, fiquei ensimesmado. Voltei para, na época onde morava,
longe da minha mãe e do meu pai. E então, por vários dias tentei escrever para
ela sobre o “tal tempo”, esse que não é bom, nem chuvoso e é sim, na verdade,
aquele que passa. Não percebi que passava tão rápido e antes de conseguir
concluir algumas linhas, para eles o tempo passou. E depois de alguns anos eu
concluo aquelas “conclusões mal concluídas”.
Sobre o
tema, penso que não podemos deixar de ouvir os poetas. Naquela época (naquele
tempo), morando no Mato Grosso do Sul, escutava o violeiro (poeta) da terra,
Almir Satter, cantando na minha opinião uma de suas melhores letras: “ Os
caminhos mudam com o tempo, só o tempo muda o coração “.
Hoje,
percebo que o tempo nos abraça, pedindo um abraço fraterno, apertado, amoroso e
sereno! Pois sabedores da reciprocidade que ele nos pede em todos os abraços
que recebemos e naqueles que damos, naturalmente tornamo-nos mais dignos desse
tempo que está nos acompanhando. Ele vai longe e é nosso amigo carinhoso, se
soubermos levá-lo. J. F.
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