FOLHA DOS GANCHOS - COLUNISTA Dr. JORGE LUÍZ FONTANA - Somos felizes, esperançosos ou otimistas?

 COLUNISTA JORGE LUÍZ FONTANA

MÉDICO PSIQUIATRA E ESCRITOR


Título: Somos felizes, esperançosos ou otimistas?                                    

No caminho para casa passo por uma igreja que tem a seguinte inscrição: 

“ Aqui é um lugar de gente feliz “.         

Normalmente isso já me deixa mais alegre, pois a conclusão pura e simples é que estou no caminho certo.                      

Lá em um longínquo mês de setembro, quase outono na Espanha, foi realizado o primeiro congresso internacional da felicidade. Não concluíram muito, mas chamou atenção que todos os participantes (psicólogos, sociólogos, escritores) indicaram que a partir de certa idade (quarta década?) é que a felicidade pode ser alcançada.                          Curiosamente, dizíamos naquela época sobre a tal felicidade: “Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes “.                                                                             Entretanto, ao avançarmos nos trilhos, e nas estações dos anos (dos aniversários) parece que concluímos que estamos mais aptos a dizer que “infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes “. (M.Medeiros).                                                                              Algumas etapas já foram cumpridas, alguns cabelos brancos e as rugas vão aparecendo, então, passamos a valorizar nossas qualidades e os nossos defeitos não parecem tão horríveis assim!                                                                                                                       Na esperança (olha ela aí) nos tornamos mais esperançosos, segundo Charles Pegui, escritor, poeta e ensaísta francês do século XX, que chamou a esperança de a mais humilde das virtudes, é aquela que leva adiante, mas sempre com o passado (do seu passado, da sua cultura) aquela que é promessa.                             

Segundo o Papa Francisco, isso só se faz com memória do passado (como dado que recebo, mais a realidade presente). E isso, segundo ele, não é a mesma coisa que otimismo - “ A memória é a coragem do presente e a esperança do futuro; o mundo da modernidade (mundanidade) - dos negócios, da cosmética é mais otimista do que esperançoso “.                    Estamos mais aptos a dizer que agora, aos 60,70,80,90 anos somos um pouco mais felizes.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FOLHA DOS GANCHOS - MORREU O ICA DO PUDICO

FOLHA DOS GANCHOS - FALECEU O GEGÊ DO SEU GENÉSIO.

FOLHA DOS GANCHOS - FALECEU A SUELI DO VERRUMA