FOLHA DOS GANCHOS - COLUNISTA ELI DIAS CORREA - Celebração do Dia Nacional dos Povos Indígenas

  COLUNISTA :  ELI DIAS CORREA

PROFESSOR, HISTORIADOR E FILÓSOFO


Celebração do Dia Nacional dos Povos Indígenas

 

Nesta semana, celebramos o Dia Nacional dos Povos Indígenas, uma data que nos convida à reflexão sobre a trajetória, a resistência e as inestimáveis contribuições dos povos originários do Brasil. Trata-se de uma ocasião propícia para rememorar essa luta transcende. Ela permanece viva no cotidiano, manifestada na reivindicação por direitos, pela demarcação de terras, pelo acesso à educação de qualidade e, sobretudo, pela conquista de respeito e dignidade.

Para dar voz a essa data tão emblemática, nada mais justo do que ouvir quem carrega em si essa vivência. Convidei o Indígena Tarquinho Kuikuro, representante do povo Kuikuro, pertencente à Reserva Indígena do Xingu, no Estado do Mato Grosso, para compartilhar uma mensagem especial com a comunidade de Governador Celso Ramos:

 

 

 Tarquinho Kuikuro:


Saúdo com respeito o povo de Governador Celso Ramos, terra de belezas naturais e de gente trabalhadora. É uma honra poder trazer a voz dos povos do Xingu até aqui, neste momento de reflexão e união entre nós.

 Meu nome é Tarquinho Kuikuro, sou da etnia Kuikuro e moro na aldeia Afukuri, localizada no Alto Xingu, Mato Grosso, pertencente ao município de Querência (MT). O território do Xingu, foi criado em 1961.

O Xingu é uma referência da grande diversidade socioambiental da Amazônia brasileira. É um extenso conjunto de áreas protegidas e abriga vários povos indígenas, são 16 etnias com línguas e culturas diferentes.

O dia 19 de abril, conhecido como Dia dos Povos Indígenas, é uma data comemorativa criada durante o Estado Novo. Foi instituída para celebrar a diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil e valorizar nossas histórias.

Essa data também serve para lembrar da nossa luta. Nós, povos indígenas, lutamos todos os dias para defender o que é nosso: nossa terra, nossa cultura, nossa língua e nossos direitos. Mesmo com todas as dificuldades, continuamos falando nossas línguas tradicionais dentro das aldeias. Isso é uma forma de resistência e de manter viva nossa identidade.

Estamos sofrendo muito com invasões, ameaças e a destruição dos nossos territórios. Os não indígenas querem acabar com nossas terras, nossas florestas e nossa forma de viver. Mas, mesmo assim, seguimos em pé, lutando para proteger nosso território e garantir o futuro das próximas gerações.

A cada ano, novos movimentos se fortalecem para garantir nossos direitos. Lutamos por saúde, educação, respeito e proteção das nossas culturas. Continuamos resistindo com coragem, sabedoria e união, porque nossa voz é forte e nossa luta é justa.

 

 





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