FOLHA DOS GANCHOS - COLUNISTA VALDIR MENDES - SEMPRE É CARNAVAL
COLUNISTA VALDIR MENDES
Escritor – advogado Criminalista - palestrante
SEMPRE
É CARNAVAL...
Está chegando a
festa da folia, da alegria, da marchinha de carnaval, agora tanto quanto
esquecida.
E a sua origem?
Tantas pessoas “pulam” no carnaval mas não sabem da sua origem.
Me atrevo, pois, a
historiar um pouco a respeito desta festa tão agradável.
“A
estrela Dalva e as pastorinhas...“
Vejam que na
Babilonia era comemorado as Saceis, com permissão que um prisioneiro assumisse
a identidade do rei, mas no final da comemoração era sacrificado.
Coisa de
doido...não?
“O
jardineira porque estás tão triste...”
E na Grécia Antiga, era comemorada a
chegada da primavera, oportunidade em que todos participavam do evento.
Por igual no Império Romano, na
Saturnália, as pessoas se mascaravam e brincavam por dias seguidos, comendo e
bebericando.
Muitas e muitas outras civilizações
possuíam características diferenciadas, posto a multiplicidade de eventos.
“Índio viu presente mais bonito, índio quer colar...”
Adveio o Cristianismo e as festas
pagãs ganharam novos significados. Oportunizou-se aos fieis despedirem-se de se
alimentar de carne. Daí, portanto, o nome de carnaval vir do latim ”carnis
levale”, que significa “retirar a carne”.
“Ei,
você aí me dá um dinheiro aí...”
Para a Igreja Católica, o carnaval
antecede a Quaresma, o período de quarenta dias antes da Páscoa, onde se
recorda o momento no qual Jesus esteve no deserto e foi tentado pelo demônio.
No Brasil, o Carnaval surgiu com o entrudo
trazido pelos portugueses. Consistia numa brincadeira quando as pessoas
atiravam água, farinha, ovos e tinta uma nas outras. Pelos historiadores o
Entrudo foi considerado como a primeira manifestação carnavalesca em nosso
País.
Já os africanos escravizados se divertiam
nestes dias ao som de batuques e ritmos trazidos da África e que se mesclariam com
os gêneros musicais portugueses. Esta mistura seria a origem da marchinha de
carnaval e do samba, entre muitos outros ritmos musicais.
“Se a canoa não virar olê, olê, olê olá...”
No começo do século XX, com
o objetivo de civilizar a festa, a prática de lançar farinha e água foi
proibida. Por isso, os foliões começaram a importar dos carnavais de Paris e
Nice o costume de jogar confetes, serpentinas e buquês de flores.
O Carnaval de rua era animado
pelas marchinhas, um gênero musical parecido às marchas militares, porém mais
rápidas e com letras de duplo sentido. De fundo, criticam a sociedade, a classe
política e a situação do país de maneira geral.
“Mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar...”
Considera-se que a primeira marchinha de
Carnaval seja "Ò Abre Alas",
escrita em 1899 pela compositora carioca Chiquinha Gonzaga.
“O ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR...”
Após surgem os "ranchos", as
"sociedades carnavalescas" e os "cordões", agrupações de
foliões que saíam pelas ruas da cidade tocando as marchinhas e fazendo todos
dançarem.
Com a popularização do rádio, as marchinhas
caíram no gosto popular. Vários cantores registraram estas composições, mas
cabe destacar os nomes de Carmem Miranda e Francisco Alves como os maiores
intérpretes do gênero.
Na década de 60, a marchinha deu lugar ao
samba-enredo das escolas de samba.
Por certo que falar sobre o Carnaval nos
remete para muitos assuntos e, por aqui temos um breve relato a respeito. E
digo...
”Se você pensa que cachaça é água, cachaça não
é água não, cachaça vem do alambique e água vem do ribeirão...”
Bora foliar no Carnaval...
https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/02/09/carmen-miranda-faria-110-anos-neste-sabado.ghtml
Valdir Mendes
Escritor – advogado Criminalista -
palestrante
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