FOLHA DOS GANCHOS: CATANDO NAS REDES COM: ALBA DA ROSA VIEIRA, SIMONE NASCIMENTO.

 FOLHA DOS GANCHOS - CATANDO NAS REDES

COM: ALBA DA ROSA VIEIRA, SIMONE NASCIMENTO, ANA LUIZA BRASIL.

DIRETORA PRESIDENTE DO NÚCLEO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DA ALBSC, FAZ APRESENTAÇÃO EM SEMINÁRIO ESTADUAL.

Aconteceu hoje, na cidade de Laguna, envolvendo os municípios de Laguna, Imbituba Imarui e Garopaba, um Seminário de Leitura e Escrita na Educação Infantil.

O projeto que é da Secretaria Estadual de Educação e oferecido aos municípios, envolveu cerca de 130 professores (cada profissional em seu horário de trabalho),  e teve a participação da nossa querida Confreira Escritora e Contadora de Histórias, Alba da Rosa Vieira, uma exímia contadora de histórias infantil, profissional que orgulha a rede municipal de ensino de Imbituba.

Professora Alba com toda sua excelência fez a abertura dos trabalhos. 

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ANA LUIZA BRASIL – UMA MENSAGEM DA AUTORA

“Antes era bonito enfrentar os desafios, hoje reconhecê-los como ensinamentos e aventuras. Antes era chique ter muitos conhecimentos, hoje ter sabedoria. Antes era bonito escolher a profissão que dá dinheiro, hoje a que nos faz felizes. Antes era bonito estar no controle de tudo, hoje é confiar em algo muito maior que aprendemos a chamar de Deus. Antes era oportuno explorar a natureza e os animais, hoje é necessário respeitá-los e reconhecer a importância deles em nossa Vida. Antes era bom planejar o futuro, hoje é viver o presente sabendo que ele é o melhor de todos os planos. Antes era ser esperto, hoje é ser compassivo; antes era ir pra fora, hoje é ir pra dentro; antes era deixar a mente nos comandar, hoje é dar o comando ao nosso coração. Bora nois à Quinta Dimensão, te vejo por lá. Beijinhos”

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SIMONE NASCIMENTO

E A ESCRITORA SIMONE NASCIMENTO FEZ UMA LINDA HOMENAGEM AO SEU PAI.

ATITUDE, AMOR E NOBREZA NUM ENCONTRO DE PALAVRAS.

“Amigos, fiz esse texto para o meu pai, mas não é aniversário dele! Ele faz aniversário no dia 08 de julho! A fotinho foi só pra mostrar o apelido PINGO. Abraço a todos!” 

Olha o Pingo

Desde menina,

dantes como agora,

quando me entendo por gente,

ouço todos ao meu redor

chamarem meu pai de Pingo.

Talvez por isso, sempre tive predileção pelos pequeninos,

esses seres sutis, inquietos, que saltitam pela terra.

Quase invisíveis a muitos, mas cheios de vida,

revelando o belo e o feio neste mundo de dualidades.

Já parou para pensar nos pingos?

São tantos, de tantas formas e tamanhos…

O pinguinho.

O pingão.

O pingo.

Seres esguios, finos, discretos, mas essenciais.

Há pingos de tudo:

Pingo de orvalho, pingo de vergonha, pingo de sabedoria.

Pingo verde, pingo de fogo, pingo d’água.

Pingo de mar, pingo vermelho, pingo de ouro.

Pingo de gente, pingo de tinta, pingo de sono…

Os pingos mexem com a vida e os sentimentos.

Como os pingos da chuva na calha, que embalam pensamentos insones.

E eu, sem um pingo de sono, ouvindo a sinfonia da água.

Pingos sonoros.

Meu Pinguinho foi assim.

Um contador de histórias e de números.

Um contador público.

Números para lá e para cá,

que às vezes o deixavam até tonto.

“Venha cá, seu Pingo!”

E lá vinha ele, ligeiro.

“Trate de informar se o empenho pode sair.”

E ele, certeiro:

“Pode não!”

E lá iam uns e outros, saltitando,

sabendo que com esse Pingo não se brincava!

Seja Pinguinho ou Pingão,

este Pingo sempre habitará meu coração.

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Crônica de Silmar Bohrer (258)

Adaptada por Simone Nascimento para meu pai, o Pingo.